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A saúde pública municipal em Belém é uma
desgraça. Na prestação de contas da Sesma à Câmara Municipal há números
fantásticos que valem por uma confissão. Por exemplo: os gastos com saúde da
família, em toda a capital, não ultrapassaram R$2 milhões, mas quase a mesma quantia,
conforme o relatório da Secretaria, foi enviada para a aldeia indígena Agitasi,
em Capitão Poço(!!??).
Aliás, a reserva de votos, digo, indígena, preocupa
o prefeito Duciomar Costa, que destinou a ela R$7 milhões no orçamento. Não aplicados,
foram devolvidos. O destino? Mistério! Também mais de R$1 milhão foram gastos
com lavagem de roupas. A coisa parece
estar fedida mesmo por lá. Um tal Instituto Marlene Mateus, que seria uma ong
voltada para o meio ambiente, foi contemplado com mais de R$7 milhões em 2010.
Ao que se sabe, Marlene Mateus é uma vereadora de Benevides, presidente do
PV,  partido aliado de Duciomar Costa.
O lado trágico dessa ópera bufa se revela em
números como o da prevenção ao câncer de útero, que candidamente reconhece que
o programa foi desenvolvido em  zero
por cento
. Quanto às mulheres já atingidas, a meta de tratamento era de 3
por cento (!) e o resultado diz que da meta foram tratadas 0,03% (!).
Clamar a quem? Aos céus?!
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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