O Movimento Grito Icoaraci, integrado por artistas, estudantes, professores, líderes comunitários, associações e outras entidades, lançou um Manifesto em defesa da Biblioteca Municipal Avertano Rocha e do Chalé Tavares Cardoso.
O documento relata que, concebido em arquitetura eclética, influenciada, principalmente, pelo neoclassissismo francês, o Chalé Tavares Cardoso foi construído para servir de residência à família Tavares Cardoso, cujo patriarca era o livreiro português Eduardo Tavares Cardoso, dono da tradicional Livraria Universal, localizada no bairro da Campina, em Belém.
Com o declínio da economia da borracha, a família precisou se desfazer do chalé e assim ele foi vendido ao Governo do Estado, que o transformou em Escola Ginasial e, em 1972, passou a abrigar a recém-criada Biblioteca Pública Municipal Avertano Rocha.
Nos primeiros 15 anos de existência, a Biblioteca Municipal se tornou referência, principalmente para os estudantes da rede pública. Mas no final da década de 80, por falta de manutenção, o prédio começou a apresentar fissuras, com o que a Biblioteca passou a funcionar em outro prédio, bem menor, na rua Itaboraí, em Icoaraci. O novo espaço não comportava todo o acervo e parte significativa ficou no Chalé Tavares Cardoso, que permaneceu fechado, sem segurança, até o dia em que foi invadido e saqueado. Em cinco anos o prédio, abandonado pelo poder público, parcialmente tombou. Só em 1998 foi iniciada a restauração, em três etapas.
Em 2000, a Biblioteca Municipal, após ter passado por três sedes provisórias, finalmente retornou ao Chalé Tavares Cardoso, que estava com a restauração quase concluída, faltando apenas a climatização e o paisagismo das áreas laterais.
Em 2000, a Biblioteca Municipal, após ter passado por três sedes provisórias, finalmente retornou ao Chalé Tavares Cardoso, que estava com a restauração quase concluída, faltando apenas a climatização e o paisagismo das áreas laterais.
Durante o período em que a Biblioteca Municipal esteve fora do Chalé, importantes projetos de fomento à leitura e extensão cultural foram realizados e ela recuperou seu público. Com o retorno ao prédio de origem, em quatro anos, na gestão do prefeito Edmilson Rodrigues, esses projetos foram ampliados e outros iniciados, em consequência o número de usuários chegou a mais de mil visitantes/dia. Esse crescimento foi interrompido em 2005, na gestão do prefeito Duciomar Costa, que abandonou não somente o Chalé, mas a Biblioteca Municipal.
Quando Duciomar Costa assumiu a Prefeitura de Belém, o Chalé Tavares Cardoso estava em obras para a construção do mezanino interno, a climatização, o paisagismo e a pintura geral do prédio, reforma que, passados nove anos, nunca foi concluída.
A falta de manutenção, o bloqueio dos dutos de escoamento das águas pluviais (que ocasiona constantes alagamentos do terreno), a mudança do tráfego de veículos pesados para a rua Rua Siqueira Mendes, a verticalização sem fiscalização da orla, aliada à falta de políticas públicas para o livro e a leitura, têm contribuído para a destruição do importante patrimônio arquitetônico da cidade e para o enfraquecimento institucional da Biblioteca Municipal Avertano Rocha.
A situação precária de conservação motivou o prefeito Zenaldo Coutinho a tomar a decisão de fechar o Chalé Tavares Cardoso e alugar uma casa para instalar provisoriamente a Biblioteca Municipal.
A falta de manutenção, o bloqueio dos dutos de escoamento das águas pluviais (que ocasiona constantes alagamentos do terreno), a mudança do tráfego de veículos pesados para a rua Rua Siqueira Mendes, a verticalização sem fiscalização da orla, aliada à falta de políticas públicas para o livro e a leitura, têm contribuído para a destruição do importante patrimônio arquitetônico da cidade e para o enfraquecimento institucional da Biblioteca Municipal Avertano Rocha.
A situação precária de conservação motivou o prefeito Zenaldo Coutinho a tomar a decisão de fechar o Chalé Tavares Cardoso e alugar uma casa para instalar provisoriamente a Biblioteca Municipal.
Receosos de que a história se repita, e contrários a qualquer medida sem a participação efetiva da comunidade icoaraciense, os integrantes do grupo querem a permanência da Biblioteca Pública Municipal no Chalé Tavares Cardoso até que se tenha laudo técnico conclusivo realizado por órgão ou empresa especializada, com respaldo técnico do IPHAN, Secult/DEPAC e Fumbel;
criação de Grupo de Trabalho e Acompanhamento Paritário formado por representantes da sociedade civil e técnicos das instituições responsáveis pela preservação do patrimônio histórico e pela gestão de bibliotecas, nas três esferas de governo;
visita pública de técnicos do IPHAN, Secult/DEPAC, Fumbel, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e representantes da comunidade;
e que, em caso de interdição por risco de desmoronamento, seja alugado um prédio, em Icoaraci, com espaço e condições adequadas para o funcionamento da Biblioteca Municipal;
além da interrupção imediata do tráfego de veículos médios e pesados (vans, carretas, caminhões e ônibus) na Rua Siqueira Mendes;
fiscalização, por parte da Seurb, Fumbel e Secult/DEPAC, das obras que estão sendo realizadas na orla de Icoaraci;
serviços emergenciais de desobstrução da tubulação que permite o escoamento das águas pluviais da lateral do Chalé Tavares Cardoso (antigo lago);
remanejamento orçamentário, assegurando dotação para a restauração do Chalé Tavares;
articulação com o Ministério da Cultura e com a Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves a fim de viabilizar os recursos necessários para as obras de restauração.
criação de Grupo de Trabalho e Acompanhamento Paritário formado por representantes da sociedade civil e técnicos das instituições responsáveis pela preservação do patrimônio histórico e pela gestão de bibliotecas, nas três esferas de governo;
visita pública de técnicos do IPHAN, Secult/DEPAC, Fumbel, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e representantes da comunidade;
e que, em caso de interdição por risco de desmoronamento, seja alugado um prédio, em Icoaraci, com espaço e condições adequadas para o funcionamento da Biblioteca Municipal;
além da interrupção imediata do tráfego de veículos médios e pesados (vans, carretas, caminhões e ônibus) na Rua Siqueira Mendes;
fiscalização, por parte da Seurb, Fumbel e Secult/DEPAC, das obras que estão sendo realizadas na orla de Icoaraci;
serviços emergenciais de desobstrução da tubulação que permite o escoamento das águas pluviais da lateral do Chalé Tavares Cardoso (antigo lago);
remanejamento orçamentário, assegurando dotação para a restauração do Chalé Tavares;
articulação com o Ministério da Cultura e com a Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves a fim de viabilizar os recursos necessários para as obras de restauração.
Quem quiser assinar a petição pública dirigida à ministra da Cultura, ao governador Simão Jatene, ao prefeito Zenaldo Coutinho e vereadores de Belém, deputados estaduais e federais do Pará, e Procurador Geral do MPE-PA, pode clicar aqui.
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