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“Vítimas obrigadas a cavar a própria sepultura, gestantes evisceradas, cabeça humana transportada em caixa de gelo para provar o “serviço” executado – segundo se conta na região -, duelos de morte por motivos banais e, também, a virtual dependência que demonstram muitos trabalhadores, do garimpo, praticamente impossibilitados para outra atividade. Não seria isso tudo, misturado às condições sociais, econômicas e sanitárias as mais escabrosas em que vivem esses indesejáveis da sociedade brasileira, resultado também da intoxicação que lhes afeta o cérebro já cronicamente enfraquecido pela miséria? A história mais antiga e a mais recente da “prata líquida”, que ganhou o nome do deus mitológico, pode não oferecer explicações cabais. Mas bem pode abrir brechas para um estudo sério do que se passa hoje no sertão da Amazônia brasileira.”

Vale a pena reler a matéria do jornalista santareno Manuel Dutra, professor doutor em Comunicação da UFPA, publicada em junho de 1990, que continua atualíssima, face o necessário debate em torno da contaminação do rio Tapajós pelo mercúrio dos garimpos da região Oeste do Pará. Leiam a íntegra no blog do  Manuel Dutra.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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